sábado, 7 de maio de 2011

GAM/RJ: Primeiro treinamento do BOPE no helicóptero blindado da PMERJ

Transcrevo em meu blog a postagem feita no site PILOTO POLICIAL sobre o primeiro treinamento do BOPE e do GAM com o novo helicóptero HUEY II:

A nova arma da Polícia Militar contra o crime começou a ser testada quinta-feira (28/04/11) e foi aprovada com louvor pelos ‘caveiras’ do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O helicóptero totalmente blindado, batizado pelos policiais de ‘Sapão’, passou por várias atividades para que a tropa de elite se familiarizasse com a aeronave. E, pela primeira vez, uma equipe de reportagem acompanhou a série de exercícios com o Caveirão Aéreo, que já começou a fazer parte da rotina do Bope.
Dez homens do Grupo de Resgate e Retomada (GRR) testaram a aeronave, adquirida por R$ 6,9 milhões. O modelo americano Huey II passou por várias adaptações exigidas pela PM, para se adequar à realidade das operações cariocas. Ele tem capacidade para transportar até 12 policiais e operar também em ações de resgate.
“Será utilizado em diversos tipos de ações. É um ganho enorme para o trabalho, principalmente por ampliar a capacidade de ação e pela proteção dos policiais”, afirma o comandante do Bope, tenente-coronel Wilman René.
Por um dia inteiro, a tropa de elite cruzou o céu de Niterói, com o objetivo de conhecer e se adaptar à máquina. O blindado estreou este mês em duas ações, em Macaé e Santa Cruz, mas apenas no transporte de tropa. Na quinta-feira, em seis atividades específicas, os PMs avaliaram principalmente o desembarque.
As diferenças para o restante dos helicópteros da PM, de modelo Esquilo, são muitas. Com fuselagem totalmente blindada, que suporta tiros de fuzil, o Caveirão Aéreo carrega o dobro de homens. Antes mesmo de levantar voo, o ‘Sapão’ mostrou sua superioridade: o helicóptero comum da PM, de onde a equipe de O DIA acompanhou o teste do blindado, balançou apenas com o deslocamento de ar da hélice do blindado.
Já no ar, a camuflagem na pintura fez com que o gigante — que carregava 600 quilos, entre homens e equipamentos — se confundisse com o concreto da Ponte Rio-Niterói, a mata e até com a cor turva da água da Baía de Guanabara. “Também é mais estável, mesmo quando está planando. Dá mais segurança para descermos de rapel, por exemplo, porque não desequilibra”, explicou um sargento.
Foi na praia de Boa Viagem que o treinamento chamou mais atenção: com o helicóptero no ar, quatro policiais saltaram de fuzil em punho para dentro do mar.
Aeronave ficará em novo quartel
Caveirão Aéreo está atualmente no Grupamento Aéreo e Marítimo, em Niterói, enquanto o Centro de Operações Especiais (COE), a nova casa dos ‘caveiras’ em Ramos, não fica pronto. O local abrigará um grande complexo de instrução policial e atividades de quatro unidades especializadas, além de hangar para os helicópteros e píer para as lanchas.
Por decisão do governador Sérgio Cabral, um quartel temporário será criado no terreno de 150 mil metros quadrados, para dar suporte aos policiais que já começaram a atuar na região do Complexo da Maré.
A sede provisória, com contêineres, será no mesmo modelo da erguida pela Força de Pacificação do Exército nos complexos do Alemão e da Penha. As obras estão previstas para começar em duas semanas.
Passagem do blindado pelo MAC e Ponte Rio-Niterói chama atenção até de PMs
O treinamento dos ‘caveiras’ parou o Grupamento Aéreo e Marítimo (GAM) e o Centro de Niterói. Por onde passava, o helicóptero impressionava moradores e até policiais da unidade. Os sobrevoos ocorreram pelos bairros do Centro, Boa Viagem e Icaraí, passando por cartões-postais como o Museu de Arte Contemporânea (MAC) e a Ponte Rio-Niterói. Ali, a aeronave fez rasantes sobre a pista.
Durante pelo menos um mês, a tropa de elite vai treinar outros tipos de ações até atingir o nível de excelência em operações com o helicóptero blindado.
A série de atividades começou com o ‘fast rope’ — ação que põe o maior número de policiais o mais próximo possível do local de combate. Eles desceram por uma corda grossa, sem o uso de equipamentos de rapel e com o helicóptero em movimento. Na ação, assim como no rapel, é possível desembarcar rapidamente a equipe, para que a aeronave siga para outro ponto da operação, sem ficar muito exposta a riscos.
Em seguida, os ‘caveiras’ treinaram o desembarque rápido, quando há possibilidade de o helicóptero tocar o solo. Os policiais se posicionam no esqui e saltam quando o Caveirão Aéreo encosta no chão. Outra atividade que chama a atenção é conhecida como penca, movimento que retira os policiais de um local e os transporta para outro, pendurados por cordas.
Para quem entende do assunto, o novo equipamento vai fazer diferença no trabalho da tropa de elite. “A capacidade dele de transporte é muito maior. Apesar de não ser tão veloz quanto o Esquilo, atende mais às necessidades técnicas de operação porque têm todos os equipamentos que precisamos. Sem contar que não desestabiliza”, explicou o subtenente de operações Fernando Loterio.

Meu comentário, também publicado no site PILOTO POLICIAL:
A PMERJ há muito tempo precisava de aeronaves mais robustas para o enfrentamento do crime no Rio de Janeiro, porém algumas “mentes brilhantes” do passado preferiram adaptar uma proteção balística ao piso do Esquilo a fazer um projeto sério e responsável de compra de um helicóptero mais robusto.
A proteção balística colocada no piso do nosso Esquilo comprometia o CG longitudinal da aeronave, limitava a autonomia do nosso helicóptero e, pior de tudo, não resolvia o problema durante os confrontos armados, pois os PAF atingem nossas aeronaves por todos os lados, de cima pra baixo, da frente para trás, de trás para frente, etc, não apenas DE BAIXO PARA CIMA!!!
O destino do nosso Esquilo com piso de proteção balística o mundo inteiro já conhece, prova de que a má gestão pode causar consequências mortais…
A atual administração do GAM e da PMERJ, atenta e sensível à essa realidade, iniciou em 2009 o processo de aquisição do novo HUEY II e finalmente agora em 2011 já estamos operando com um helicóptero mais adequado à nossa bruta realidade.
Que a integração do GAM com o BOPE seja cada vez melhor, pois todos nós, Polícia e sociedade, só temos a ganhar com isso.
Sejam bem vindos a bordo, Caveiras! Apertem seus “rabos de macaco” e bons voos!
Cmte Rodrigo Duton – MAJ PMERJ
Grupamento Aéreo e Marítimo (GAM)
P.S.: “Rabo de macaco” é o equipamento de proteção individual que conecta o Tripulante Operacional à fuselagem/cabine do helicóptero. Equivale ao cinto de segurança utilizado pelos passageiros. A expressão não contém qualquer conotação racista!!!


Cmte Duton


Irresponsabilidade administrativa de "mentes brilhantes":: o que restou do 
Esquilo que possuía proteção balística apenas no piso e combatia o crime no RJ.

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