sábado, 4 de dezembro de 2010

4º FÓRUM NACIONAL DE AVIAÇÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA

NOTÍCIA RETIRADA DO SITE PILOTO POLICIAL: www.pilotopolicial.com.br


O 4º Fórum Nacional de Aviação de Segurança Pública – 4º FNAvSeg é um evento programado durante a realização do 3º Fórum realizado em Salvador/BA, ocorrido em maio de 2010, e reunirá profissionais da aviação de segurança pública, dentre pilotos, operadores e mecânicos de vôo das unidades de operações aéreas da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional, Polícias Militares, Polícias Civis e Corpos de Bombeiros Militares, de representantes da Receita Federal, de outros Órgãos da Administração Pública, de representantes das Forças Armadas e das autoridades de aviação civil, além de palestrante da Polícia do Texas/EUA.

O Fórum destina-se a consolidar a implantação do Sistema Integrado de Aviação de Segurança Pública coordenado pelo Ministério da Justiça/SENASP, além de possibilitar a estruturação do sistema e da política de aviação de segurança pública nacional.

Nesse sentido, terão continuidade no evento as atividades do Conselho Nacional de Aviação de Segurança Pública, estabelecido pela Portaria nº 2.555/2008 do Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Justiça, bem como previsão para entrega de três aeronaves AW119Ke – Koala ao Estado de Goiás e estará presente também o EC145 adquirido pelo Estado do Maranhão, além da eleição do novo Conselho (CONAV).

O evento, promovido pela Comissão de Aviação de Segurança Pública da SENASP em parceria com o Estado de Goiás,será realizado na cidade de Caldas Novas/GO, nos dias 17 a 19 de dezembro de 2010, sendo restrito aos participantes credenciados. A SENASP providenciará os convites contemplando as vagas disponíveis endereçadas à cada secretaria estadual.

Na oportunidade, os participantes poderão desenvolver trabalhos de integração e estruturação da aviação de segurança pública, assim como ter acesso às informações disponíveis para o provimento logístico de operações aéreas policiais e de defesa civil, além de tópicos relacionados ao fator humano, do meio ambiente, dos equipamentos, comportamento organizacional e de segurança de vôo aplicáveis à aviação de segurança pública.

O 4º Fórum Nacional de Aviação de Segurança Pública é mais um marco do desenvolvimento integrado e estruturado do Sistema de Aviação de Segurança Pública, que, pela primeira vez, dispõe de uma política consolidada no âmbito do Governo Federal, coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP, do Ministério da Justiça.

Cmte Duton

sábado, 27 de novembro de 2010

BASE AEROFLUVIAL

CEL PMERJ Luiz Antônio Ferreira (Diretor da FNSP), CAP PMPA Jomires (AEAP), MAJ PMERJ Duton (AEAP), TEN CEL CBMPA Mauro Tadeu (AEAP) e o Governador eleito do Estado do Pará, Simão Jatene.



REPORTAGEM DO JORNAL PARAENSE "O LIBERAL", NA ÍNTEGRA:


O Pará deverá ter a primeira base aerofluvial a ser construída pela Força Nacinal de Segurança Pública (FNSP) no País.

A proposta foi apresentada ontem (24/11/2010) ao governador eleito Simão Jatene (PSDB), no Ministério da Justiça, em Brasília, pelo Diretor da FNSP, Luiz Antônio Ferreira.

Trata-se de um investimento superior a R$ 68 milhões, que integrará a Secretaria de Segurança estadual, A Força Nacional de Segurança, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e o IBAMA.

A priori favorável, o governador ficou de analisar a possibilidade de implantação da base em Belém. O investimento da construção da base é da Força Nacional, com uma contrapartida do governo paraense de 1% do valor total. Além disso, caberá ao Estado o custeio da manutenção.

A base aerofluvial será equipada por helicópteros, aviões, lanchas e carros. Pela proposta, ainda está previsto na base a implantação da escola de formação de pilotos e de tripulantes da Força Nacional.

Essa base não vai operar só na área de segurança, mas também na prestação de determinados serviços, como de resgate, de saúde, monitoramento da questão ambiental, entre outros. O ideal são três bases dessas no Estado. A primeira será em Belém, mas depois devemos ter uma em Santarém e a outra em Marabá. Neste momento, estamos discutindo os investimentos", explicou Jatene, ressaltando que se for aceita, ela já deverá estar pronta no fim do primeiro semestre de 2011.

Cmte Duton

domingo, 21 de novembro de 2010

ELITE DA ELITE: Policiais do GAM/PMERJ na FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA

CB Claude, CB Damásio, MAJ Duton e CB Gonçalves no BEPE/FORÇA NACIONAL (Luziânia, Goiás)
(Ausente na foto CB Xavier)



Criado no dia 21 de março de 2002, o GRUPAMENTO AÉREO E MARÍTIMO (GAM) é uma unidade de elite da POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (PMERJ) que reúne em seu efetivo profissionais altamente qualificados que desempenham as mais variadas funções, dentre as quais destacam-se:

No Núcleo de Policiamento Aéreo (NPA):

1) Pilotos de aeronave (avião e helicóptero);
2) Mecânicos de aeronave (avião e helicóptero);
3) Tripulantes operacionais (helicóptero).

No Núcleo de Policiamento Marítimo (NPM):

1) Pilotos de embarcação;
2) Mecânicos de embarcação;
3) Tripulantes operacionais.

Todo o GAM depende bastante do empenho e dedicação de seu EFETIVO ADMINISTRATIVO, sem o qual pouco ou nada se faria como atividade fim.

O atual Comando do GAM, consciente da importância de qualificar seu efetivo cada vez mais, permitiu que 4 (quatro) dos seus Policiais de elite fossem cedidos para o DEPARTAMENTO DA FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA (DFNSP), pelo período de 01 (um) ano!!

Criado em 16 de novembro de 2006, o DEPARTAMENTO DA FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA (DFNSP) é um pacto de cooperação federativa entre diversas unidades da federação do Brasil (Estados e DF).

O DFNSP é um programa da SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA (SENASP), órgão ligado ao MINISTÉRIO DA JUSTIÇA (MJ).

Desde a sua criação, o DFNSP é reconhecido pela seleção extremamente criteriosa de seus integrantes. Cada Estado da federação procura enviar para a FORÇA NACIONAL seus melhores homens e mulheres e, tratando-se da PMERJ, uma fonte inesgotável de bons profissionais é o GAM.

Pela primeira vez na história do GAM/PMERJ, existem Policiais Militares cedidos para a FORÇA NACIONAL.

ELITE DA ELITE, os pioneiros do GAM a compor o efetivo da FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA são:

CB PMERJ Claude: Tripulante Operacional (helicóptero), Mecânico de Aeronave e Piloto (helicóptero);

CB PMERJ Xavier: Tripulante Operacional (helicóptero);

CB PMERJ Gonçalves: Tripulante Operacional (helicóptero);

CB PMERJ Damásio: Tripulante Operacional (embarcação e helicóptero).

Certamente a PMERJ e o GAM estão muito bem representados junto a FORÇA NACIONAL nas pessoas dos guerreiros supracitados.

Durante o período de um ano, eles participarão das mais variadas missões em diversos pontos do território brasileiro.

Estão previstos estágios de Guerra na Selva (Amazonas), estágio de Operações na Caatinga (Bahia), estágio de Aplicações Táticas (Rio de Janeiro), estágio de Operações Aéreas (Brasília), dentre outros.

Após um ano à disposição da FORÇA NACIONAL, os bravos guerreiros do GAM retornam à nossa unidade de origem e por lá permanecem até a próxima missão, sem JAMAIS deixar de ser um FN!!!

Parabéns ao Comando do GAM por permitir que excelentes policiais se afastem da unidade para qualificarem-se cada vez mais!!

Parabéns aos amigos do GAM que já compõe a FORÇA NACIONAL!! Vocês são, sem dúvida, a ELITE DA ELITE!!

FORÇA! BRASIL!!

Cmte Duton

domingo, 24 de outubro de 2010

23 DE OUTUBRO - DIA DO AVIADOR

Beleza infinita de um sonho realizar.
Poder sentir, amar e até nuvens tocar...
Embevecido de tanto prazer,
a brisa de leve meu rosto roçar;
Saber que também posso voar...
Alegria que segue um infinito sentir.
Quem me dera este prazer repartir
a todos que estão a me seguir.
Ao homem Deus não deu asas,
mas nos presenteou com sabedoria e inteligência,
assim, pode este proezas fazer.
Explodir de alegria, voar como os pássaros.
Tornar seu sonho realidade,
satisfação que poucos puderam sentir.
Felizardo sou eu de todo este prazer usufruir...

Parabéns para você aviador!!!

Cmte Duton

Texto enviado pelo amigo MAJ CBMERJ Rammon Dias, Piloto de Combate/Chefe da Seção de Treinamento e Instrução da AEAP/DFNSP/SENASP/MJ

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

AVIAÇÃO DA FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA AUXILIA O 1º CURSO DE TRIPULANTE OPERACIONAL AEROMÉDICO.

Foto: MAJ PMAC Negreiros


A Coordenação Geral de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde promoveu o 1º Curso de Tripulante Operacional Aeromédico, realizado na cidade de Belém-PA. Participaram do referido curso 32 médicos e enfermeiros dos Estados do Pará, Minas Gerais, Alagoas, Sergipe, Maranhão, Paraná, Santa Catarina, Alagoas, Pernambuco, São Paulo e do Distrito Federal.

O Curso teve a duração de 07 (sete) dias com carga horária de 70 (setenta) horas aula (teórica e prática), contemplando as seguintes instruções: Conhecimentos técnicos e características específicas de helicóptero; Fraselogia teórica e prática; Segurança de Voo e Emergência; Resgate em Floresta; Preparação para o transporte aeromédico; Emprego tático e preparação de ZPH; Comunicação Aeronáutica (SAMU/Bombeiro); Sinais de orientação terra/ar; Técnicas de salvamento e resgate aéreo; Medicina aeroespacial; CRM; Embarque e desembarque no solo e aeronave no pairado; Nós e amarrações; Rapel em torre e na aeronave.

Atendendo solicitação do Ministério da Saúde, o Secretário Nacional de Segurança Pública autorizou o deslocamento da aeronave Esquilo AS350B2, de prefixo PR-MJZ, “Nacional 01”, com uma tripulação completa para apoiar o corpo docente e discente do referido curso, com a finalidade de subsidiar auxílio no processo de ensino aprendizagem dos alunos e estabelecer uma integração entre a Rede SAMU 192 e a Força Nacional para atividades relacionadas a capacitação e atuação em catástrofes e desastres.

Participaram como instrutores da Aviação da Força Nacional, o Ten Cel Mauro Tadeu, Comandante da Aeronave; Maj PM Negreiros, Co-piloto; os tripulantes operacionais Soldados Seixas, Mendonça e Cristo; Sgt PM José Ivan, Mecânico de Aeronaves.

O curso finalizou com a participação dos alunos e instrutores na Operação Círio de Nazaré, evento religioso que reuniu mais 2 milhões de pessoas.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

AVIAÇÃO DA FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA REALIZA A 3ª EDIÇÃO DO ESTÁGIO DE OPERAÇÕES AÉREAS DO BEPE/FN

Formatura do Módulo Aéreo do BEPE

AVIAÇÃO DA FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA REALIZA A 3ª EDIÇÃO DO ESTÁGIO DE OPERAÇÕES AÉREAS DO BEPE/FN

Ocorreu no período de 20 a 25 de setembro de 2010, a 3ª edição do Estágio de Operações Aéreas para os alunos do Batalhão Escola de Pronto Emprego – BEPE/DFNSP.

O Estágio com carga horária de 60 horas abordou assuntos relevantes da atividade aérea, dando ênfase as seguintes instruções: Teoria de Voo e Conhecimentos Técnicos, Segurança Operacional, Rapel em Edificação, Técnicas de Emergência em Meio Líquido, Nós e Amarrações, embarque e desembarque de Aeronaves, Rapel da Aeronave, Radiopatrulhamento Aéreo e Preparação de ZPH.

O treinamento foi ministrado por integrantes da Aviação da Força Nacional, Major PMERJ DUTON, MAJ PMAC NEGREIROS, CAP PMPA JOMIRES, Pilotos de Helicóptero e os Tripulantes Operacionais SD PMAL SEIXAS e PMRN MENDONÇA e, contou ainda, com a participação do CAP RENATO, Cmt de Aeronaves e SGT JURANDY, Tripulante Operacional, ambos do Grupamento Aéreo da PMBA, e do SD ISLEN DO BAVOP/PMDF. A Coordenação do Estágio ficou a cargo do 1º TEN PMDF VILNER, Piloto de Helicóptero do BAVOP/DF.

Na manhã do dia 30 de setembro de 2010, o Assessor Especial de Aviação Policial da Força Nacional, Maj PMDF Josilei Albino Gonçalves de Freitas fez a entrega dos Certificados de Conclusão do Estágio aos concluintes no BEPE em Luziânia/GO.

Texto elaborado pelo MAJ PMAC Negreiros e pelo CAP PMPA Jomires


Cmte Duton

NOTA DE ESCLARECIMENTO - CONAV

NOTA DE ESCLARECIMENTO


O Conselho Nacional de Aviação de Segurança Pública – CONAV, colegiado representativo das Unidades Aéreas de Segurança Pública de todos os estados brasileiros, responsável pelo desenvolvimento e fomento de políticas públicas de aviação de segurança, ante as matérias publicadas no Jornal Folha de São Paulo nos dias 06 e 07/09/2010, tecendo inferências inconsistentes quanto à lisura administrativa da Secretaria Nacional de Segurança Pública nos processos de aquisições de aeronaves, vem manifestar-se nos seguintes termos:

No ano de 2008 a SENASP, visando atender a crescente demanda dos estados por mais segurança, criou a Política de Aviação de Segurança Pública, baseada em três pilares: Operações Aéreas e Capacitação, Aparelhamento e Estruturação das Unidades Aéreas Policiais e de Bombeiros.

Assim o Serviço Especial de Aviação Policial funciona como uma coordenação operacional da aviação de segurança pública, promovendo operações conjuntas e integradas em todo território brasileiro;

A SENASP vem, portanto, promovendo a implantação da aviação de Segurança Pública nos Estados através de repasses de recursos via convênios, cabendo a estes a implementação dos processos de compras, obedientes à legislação pertinente e em atendimento às necessidades regionais;

É inequívoca a autonomia legal, técnica e política dos Estados para executar os processos licitatórios, obedecendo à critérios, peculiaridades regionais e operacionais, não tendo a SENASP qualquer possibilidade de interferência;

Mencionadas matérias jornalísticas abordaram o tema de forma superficial e produziram deduções desprovidas de qualquer embasamento fático, induzindo a formação de opinião pública negativa e questionando inadequadamente a honra de profissionais sérios e dedicados ao aperfeiçoamento da segurança pública brasileira.

CONSELHO NACIONAL DE AVIAÇÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA – CONAV

PRESIDENTE

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A segurança pública no Brasil - aspectos legais




A segurança pública no Brasil é um tema novo, pois apenas surgiu no ordenamento jurídico através da Constituição Federal de 1988.

Até então, nenhuma outra Carta Constitucional havia abordado esse tema de forma tão clara e precisa. O assunto era tratado implicitamente em outros temas.

Diz o artigo nº 144 da Constitução de 1988 que a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos.

Pouca gente atenta para esse pequeno detalhe: o dever de zelar pela segurança pública é estatal, mas a RESPONSABILIDADE por ela é de todos, ou seja, é solidária entre Estado e qualquer do povo.

Isso quer dizer que todas as medidas que possam ser tomadas visando a preservação da ordem pública deveriam ser tomadas pelas pessoas comuns do povo.

Um exemplo bem básico: você passa na rua e vê um poste de iluminação pública com a lâmpada queimada. O que o brasileiro normalmente faz nessa situação? NADA, afinal isso "não é problema dele"...

Infelizmente percebo no Brasil uma cultura nociva onde o que é PÚBLICO é considerado como "sendo de NINGUÉM", ao passo que, e países mais desenvolvidos, o PÚBLICO é considerado "como sendo de TODOS"!

Ao ver um poste de iluminação pública com a lâmpada queimada, qualquer do povo poderia procurar fazer contato com os órgãos responsáveis e pedir seu conserto.

É bem verdade que muitos órgãos públicos não funcionam a contento e deixam a desejar no atendimento ao cidadão. O que fazer então?

INSISTIR em buscar a solução para aquele problema, afinal de contas é o NOSSO poste que está com a lâmpada queimada. Ou não??

E o que isso tem a ver com a segurança pública? TUDO!

Um poste com lâmpada queimada torna uma rua ou beco mal iluminado, o que favorece a atuação de marginais da lei. A iluminação pública é uma forma de prevenção primária do crime.

É sabido que ruas bem iluminadas inibem a prática de delitos, pois quem os comete fica mais facilmente identificável. É mais fácil ser visto por mais pessoas em uma rua bem iluminada do que em uma mal iluminada.

Infelizmente a grande maioria das pessoas ignora ou despreza tais fatos, simplesmente se abstém de tomar partido das causas públicas, chamando para si a responsabilidade apenas do que é SEU, ou seja, toma conta apenas do seu próprio umbigo...

Certa feita, durante uma aula que ministrava na Universidade Cândido Mendes (Centro - RJ), um aluno me disse o seguinte: "professor, eu conheço uma dupla de PMs que vai sempre perto da minha casa e, à noite, dorme dentro da viatura ao invés de patrulhar as ruas. O que o senhor pode fazer?

Eu respondi perguntando: "o que você fez quando viu essa conduta irregular dos PMs?"

A resposta dele eu já sabia: "nada, não sou policial".

Retruquei: "precisa ser policial para denunciar irregularidades?"

E ele respondeu o que eu também já esperava: "se eu denunciar eles me matam!"

Continuei perguntando: "Você já ouviu falar na Corregedoria Interna da PM? Sabe quantos policiais são demitidos mensalmente por mal comportamento? Você conhece o telefone da Ouvidoria da Polícia? Do Disque Denúncia? Do Batalhão da sua área?"

Enfim, as respostas do aluno foram sucessivos "não"... Então finalizei: você acha mesmo que a polícia pode tomar conta de todo mundo ao mesmo tempo? Sem a participação popular fica dificílimo fazer segurança pública eficiente.

Todo mundo diz que "ama a democracia", grita "ditadura nunca mais", e por aí vai... mas o que é a democracia senão o governo de TODOS, feito através de nossos representantes políticos e com EFETIVA PARTICIPAÇÃO POPULAR.

Democracia pressupõe EFETIVA PARTICIPAÇÃO POPULAR e, ao meu ver, a nossa sociedade ainda não despertou para esse tão relevante tema.

Todos querem a solução para todos os problemas sociais, mas poucos "colocam a mão na massa" e ajudam na resolução desses problemas.

A imensa maioria dos brasileiros que conheço crê estar vivendo em plena democracia pelo fato de terem direito a voto direto para presidente, governador, senador, deputados e vereadores. Isso é apenas a ponta do iceberg, democracia é muito mais que isso!!!

Enquanto nossa sociedade não despertar para o seu importante papel na sensível questão da segurança pública, tendemos a continuar do jeito que estamos, ou seja, lutando "cada um por si" para que dias melhores cheguem e colocando a culpa de todos os males sociais nas "autoridades" como se estas fossem as únicas responsáveis...

A segurança pública no Brasil é de RESPONSABILIDADE DE TODOS e espera-se que TODOS, sem exceção, participem direta ou indiretamente na preservação da ordem pública, para que os dias melhores não tardem a chegar...

Cmte Duton

P.S.: Resolvi abordar um tema jurídico aqui no meu blog que, APARENTEMENTE, nada tem a ver com a aviação de segurança pública mas, em uma análise mais atenta, percebe-se que ao chamarmos a população para o lado das forças públicas, estamos OTIMIZANDO nosso trabalho de preservação da ordem pública, seja ele feito por terra, por mar ou PELO AR...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Iniciando no Twitter

Foto do meu perfil no Twitter

Com muita dificuldade, iniciei hoje (03/09/10) no TWITTER.

Ainda não fiz o Ground School desse site, mas estou tentando aprender... rsrs

A quem interessar, meu endereço é:

http://twitter.com/ComandanteDuton

Cmte Duton

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A contribuição do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO) da PMDF para a Aviação de Segurança Pública


Os 3 PRIMEIROS COLOCADOS do CAO PMDF 2010: CAP PMAM Paiva (01), CAP PMDF Castellar (02) e CAP PMERJ Duton (03)



Na sexta-feira dia 20 de agosto de 2010 foi encerrado o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO) da PMDF, uma pós-graduação lato sensu em Gestão de Segurança Pública chancelada pela renomada Universidade de Brasília (UnB).


O CAO na PMDF durou 6 longos meses, com aulas de segunda à sexta-feira, das 07:30h às 17:30h.


A turma foi composta por 69 Capitães Policiais Militares, sendo 63 Capitães da PMDF, 4 Capitães da PMERJ (eu era um deles), 1 Capitão da PMAM e um Capitão da PMTO.


Para obtenção do grau de Especialista em Gestão de Segurança Pública pela UnB, foi preciso que cada um dos 69 Capitães alunos do CAO confeccionasse uma MONOGRAFIA de, no mínimo, 80 páginas!


Cada trabalho monográfico foi submetido à avaliação metodológica e à revisão gramatical feita por mestres e doutores da UnB.


Superada essa fase, cada MONOGRAFIA teve que ser defendida pelo seu autor perante uma Banca Examinadora composta por 3 Oficiais Superiores da PMDF.


Cada Capitão aluno teve 40 minutos para defender sua tese e, logo após, cada membro da banca teve 20 minutos para questionar o autor sobre suas idéias. A tensão existente em cada defesa de monografia era evidente...


Superadas todas as fases do CAO, foi concluída a classificação final curso:


Em PRIMEIRO LUGAR ficou o CAP PMAM ANÉSIO BRITO DE PAIVA, que tratou sobre "A Análise Criminal na Cidade de Manaus".


Em SEGUNDO LUGAR ficou o CAP PMDF EMÍLIO CASTELLAR, que tratou sobre "A Utilização do GPS em Viaturas e Helicópteros da PMDF".


Em TERCEIRO LUGAR fiquei eu, CAP PMERJ RODRIGO DUTON ALVES. Meu trabalho monográfico versou sobre "A Implementação da Frota de Helicópteros Bimotores na Aviação da PMERJ".


Em suma, dentre os três primeiros colocados do CAO PMDF 2010, DOIS são PILOTOS DE HELICÓPTERO e escreveram suas monografias sobre assuntos pertinenetes à Aviação de Segurança Pública!!


Modéstia à parte, não é muito difícil escrever e defender idéias sobre um assunto que CONHECEMOS e GOSTAMOS.


Acredito que foi a primeira vez na história da PMDF que 2 PILOTOS ocuparam as primeiras posições da turma, tendo defendido assuntos de aviação bastante técnicos!!


Se nossos projetos (monografias) serão ou não adotados em nossas corporações, só Deus sabe.


O fato é que NÓS, PILOTOS POLICIAIS, FIZEMOS A NOSSA PARTE!!!


Buscamos contribuir com a Aviação de Segurança Pública trazendo à tona assuntos atuais e inovadores em nossas corporações.


Fizemos pesquisas, entrevistas, visitas técnicas, enfim, demos o nosso melhor visando contribuir com a nossa atividade aérea policial.


Se cada PILOTO que for submetido aos CURSOS OBRIGATÓRIOS DE CARREIRA escrever sobre temas de AVIAÇÃO, certamente nossa atividade tenderá a crescer cada vez mais!!


Se nós, PILOTOS, não escrevermos trabalhos acadêmicos sobre AVIAÇÃO, quem o fará??


-Podemos esperar que o pessoal PM oriundo do Batalhão de Choque escreva sobre helicópteros??


-Podemos esperar que o pessoal PM oriundo do Batalhão Florestal escreva sobre a regulamentação da profissão do aeronauta??


-Podemos esperar que o pessoal PM oriundo do Batalhão de Operações Policiais Especiais escreva sobre normas de segurança de voo??


É óbvio que a resposta para cada uma dessas três perguntas é NÃO!


A AVIAÇÃO é um tema demasiadamente técnico e complexo, que requer muito estudo para ser bem compreendido.


Espera-se que os PILOTOS POLICIAIS estejam COMPROMETIDOS COM A SUA ATIVIDADE e contribuam com trabalhos acadêmicos para o aprimoramento dessa atividade.


Enquanto existir PILOTO escrevendo trabalho acadêmico sobre assunto diverso da AVIAÇÃO, nossa atividade tende à estagnação.


Pior ainda: se nós não buscarmos escrever doutrina sobre nossa AVIAÇÃO POLICIAL, nossa atividade será disciplinada por pessoas que decidirem escrever sobre esse tema e que, nem sempre, esses acadêmicos conhecem a realidade da aviação policial...


Estou convencido de que nós PILOTOS POLICIAIS não podemos NOS OMITIR EM CONTRIBUIR COM TRABALHOS ACADÊMICOS SOBRE AVIAÇÃO POLICIAL!!


Caso adotemos essa postura, a da OMISSÃO, não teremos do que reclamar se nossa atividade não evoluir, pois DESPERDIÇAMOS A PRECIOSA OPORTUNIDADE DE CONTRIBUIR!!


Capacidade para produzir bons trabalhos acadêmicos sobre AVIAÇÃO POLICIAL todos nós PILOTOS POLICIAIS temos, o que falta, muitas vezes, é comprometimento e vontade.


Desculpem-me pelo desabafo, mas o que faz a diferença em qualquer grande empresa ou corporação são AS PESSOAS e o COMPROMETIMENTO de cada uma delas com o crescimento da empresa/corporação.


Na nossa atividade aérea policial, não é diferente...


PILOTOS DE SEGURANÇA PÚBLICA: COMPROMETAMO-NOS COM A NOSSA ATIVIDADE AÉREA PARA CRESCERMOS!!


Um bom trabalho acadêmico feito na PMDF, na PMERJ, na PMAM, na PMESP, na PMMG, na PMBA, na PMPE, na PMTO, na PMSC, na PMES, na PMRS, etc pode ser útil a diversas unidades aéreas do Brasil!!


Façamos nossa parte e vamos alçar voos cada vez mais altos!


Abraço a todos!


Cmte Duton


P.S.: No CAO PMDF 2010 estavam presentes ainda dois outros PILOTOS DE HELICÓPTERO da PMDF que também trouxeram suas contribuições para a Aviação de Segurança Pública. São eles:

CAP PMDF LÓTUS VIERIA LINS e CAP PMDF ANTÔNIO GOMES SILVA SOBRINHO.


Parabéns Comandantes!!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O PRIMEIRO "ACIDENTE AERONÁUTICO" DE QUE SE TEM NOTÍCIA...


Conforme nos apresenta Thomas Bulfinch (2004) em sua obra “O Livro de Ouro da Mitologia – Histórias de Deus e Heróis”, a aviação mundial pode ter iniciado assim:

“O labirinto do qual Teseu escapou, graças ao fio de Ariadne, fora construído por Dédalo, um artíficie habilidosíssimo. Era um edifício com inúmeros corredores tortuosos que davam uns para os outros e que pareciam não ter começo nem fim, como o Rio Meandro, que volta sobre si mesmo e ora segue para adiante, ora para trás, em seu curso para o mar. Dédalo construiu o labirinto para Minos, mas, depois, caiu no desagrado do rei e foi aprisionado em uma torre. Conseguiu fugir da prisão, mas não podia sair da ilha por mar, pois o rei mantinha severa vigilância sobre todos os barcos que partiam e não permitia que nenhuma embarcação zarpasse antes de rigorosamente revistada.

- Minos pode vigiar a terra e o mar, mas não o ar – disse Dédalo. Tentarei esse caminho.

Pôs-se, então, a fabricar asas para si mesmo e para seu jovem filho, Ícaro. Uniu as penas, começando das menores e acrescentando as maiores, de modo a formar uma superfície crescente. Prendeu as penas maiores com fios e as menores com cera e deu ao conjunto uma curvatura delicada, como as asas das aves. O menino Ícaro, de pé, ao seu lado, contemplava o trabalho, ora correndo para ir apanhar as penas que o vento levava, ora modelando a cera com os dedos e prejudicando, com seus folguetes, o trabalho do pai. Quando, afinal, o trabalho foi terminado, o artista, agitando as asas, viu-se flutuando e equilibrando-se no ar. Em seguida, equipou o filho da mesma maneira e ensinou-o a voar, como a ave ensina ao filhote, lançando-o ao ar, do elevado ninho.

- Ícaro, meu filho – disse, quando tudo ficou pronto para o vôo - , “recomendo-te que voes a uma altura moderada, pois, se voares muito baixo, a umidade emperrará tuas asas e, se voares muito alto, o calor as derreterá. Conserva-te perto de mim e estarás em segurança.

Enquanto dava essas instruções e ajustava as asas nos ombros do filho, Dédalo tinha o rosto coberto de lágrimas e suas mãos tremiam. Beijou o menino, sem saber que era pela última vez, depois, elevando-se em suas asas, voou, encorajando o filho a fazer o mesmo e olhando para trás, a fim de ver como o menino manejava as asas. Ao ver os dois voarem, o lavrador parava o trabalho para contemplá-los e o pastor apoiava-se no cajado, voltando os olhos para o ar, atônitos ante o que viam, e julgando que eram deuses aqueles que conseguiam cortar o ar de tal modo.

Os dois haviam deixado Samos e Delos à esquerda e Lebintos à direita, quando o rapazinho, exultante com o vôo, começou a abandonar a direção do companheiro e a elevar-se para alcançar o céu. A proximidade do ardente sol amoleceu a cera que prendia as penas e estas desprenderam-se. O jovem agitava os braços, mas já não havia penas para sustentá-lo no ar. Lançando gritos dirigidos ao pai, mergulhou nas águas azuis do mar que, daquele dia em diante, recebeu seu nome.

- Ícaro, Ícaro, onde estás? – gritou o pai.

Afinal, viu as penas flutuando na água e, amargamente, lamentando a própria arte, enterrou o corpo e denominou a região Içaria, em memória do filho. Dédalo chegou são e salvo à Sicília, onde ergueu um templo a Apolo, lá depositando as asas, que ofereceu ao Deus”. (THOMAS BULFINCH, 2004, pp. 191-193).

Na presente fábula da mitologia grega verifica-se um flagrante desrespeito às normas de segurança do “fabricante da aeronave”, Dédalo, que culminou com a morte do seu “operador”, Ícaro.

Caso o jovem Ícaro tivesse mantido seu nível de vôo ao lado de seu pai, fabricante das asas, não teria despencado do céu e morrido no mar.

O habilidoso artíficie Dédalo, conhecedor das “limitações operacionais” das asas que construiu, orientou o filho Ícaro:

- “Ícaro, meu filho, recomendo-te que voes a uma altura moderada, pois, se voares muito baixo, a umidade emperrará tuas asas e, se voares muito alto, o calor as derreterá. Conserva-te perto de mim e estarás em segurança.”

Esse tipo de recomendação do fabricante de aeronaves é conhecida no meio aeronáutico como sendo mandatária, ou seja, de observância obrigatória por parte dos operadores.

Ocorre, porém, que durante a execução de um voo, quem decide se vai obedecer ou não as recomendações do fabricante é o próprio operador (piloto).

O piloto pode operar a aeronave dentro dos limites de segurança ou extrapolá-los voluntariamente, como fez o mitológico Ícaro.

Desrespeitando os limites operacionais da aeronave e/ou inobservando regras básicas de segurança, o piloto assume para si todos os riscos advindos de sua conduta.

Nada mais cabe ao fabricante da aeronave fazer senão orientar, de antemão, todos os operadores quanto às limitações operacionais de seu equipamento.

O texto acima faz parte do primeiro capítulo do meu TRABALHO TÉCNICO CIENTÍFICO PROFISSIONAL (TTCP) apresentado como exigência para a obtenção do grau de especialista em Gestão de Segurança Pública durante o meu CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS (CAO) realizado na PMDF em parceria com a Universidade de Brasília (UnB).

Resolvi postá-lo aqui no blog para que cada um de nós, pilotos de aeronaves, façamos um mea culpa e verifiquemos quantas vezes nós já agimos de forma idêntica ao mitológico Ícaro.

Para os operadores de helicópteros policiais como eu, pergunto:

- Por quantas vezes você já voou ABAIXO dos limites mínimos de altura e velocidade (curva do homem morto) estabelecidos pelo fabricante de um helicóptero monomotor??

Eu mesmo respondo, com a maior franqueza: VÁRIAS VEZES!!!

E o pior: O piloto policial está AMPARADO PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE para agir de tal forma, pois sob a ótica da RBHA (RBAC) 91 Subparte K, não é proibido aos operadores policiais e de defesa civil atuar dessa forma...

Pensemos o seguinte: Tudo bem, a legislação permite que eu opere abaixo dos mínimos, SOB TOTAL RESPONSABILIDADE DO PILOTO EM COMANDO. Estou amparado sob a égide das leis dos homens. Mas e as inexoráveis leis da FÍSICA??

A delimitação do envelope altura x velocidade dos helicópteros monomotores envolve complexos cálculos de engenharia aeronáutica, porém o menos letrado dos pilotos sabe que estão envolvidos diversos princípios da FÍSICA no voo de um helicóptero.

Desrespeitar as limitações do fabricante é assumir riscos frente as LEIS DA NATUREZA!!

Será que vale a pena assumir esses riscos??

Com a palavra, o mitológico Ícaro...

Cmte Duton

P.S.: Para a execução de operações aéreas policiais e de defesa civil é indiscutível a necessidade de se operar abaixo dos mínimos estabelecidos no envelope altura X velocidade (helicóptero monomotor).

Como possível solução ao problema aqui apresentado, minha proposta é a implementação de helicópteros bimotores para as operações aéreas policiais e de defesa civil.




sábado, 10 de julho de 2010

O maior PATRIMÔNIO de uma unidade aérea



Quanto custa um helicóptero novo modelo AS 350 "Esquilo"? Algo em torno de U$ 3 milhões!!

Quanto custa um helicóptero novo modelo HUEY II ("Sapão")? Algo em torno de U$ 6 milhões!!

Quanto custa construir e equipar um hangar?? Dependendo das dimensões e dos equipamentos, alguns milhões de Reais!!

Então qual seria o maior PATRIMÔNIO de uma unidade aérea??

Seria o objeto que custa mais caro?? Seria o bem de maior visibilidade??

Definitivamente não!

O maior PATRIMÔNIO de uma unidade aérea são AS PESSOAS!!

As PESSOAS que servem em uma unidade aérea podem torná-la uma próspera "casa de família" ou um decadente inferno na Terra...

É o grau de comprometimento e dedicação das PESSOAS que fará toda a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma unidade aérea.

Não há como mensurar com precisão quanto "custa" uma PESSOA COMPROMETIDA E DEDICADA à sua unidade, mas com certeza esse é o seu maior PATRIMÔNIO.

Quando o GRUPAMENTO AÉREO E MARÍTIMO (GAM) da PMERJ foi criado, em 21 de Março de 2002, eu e outros PMs idealistas fomos transferidos para lá.

Dentre os idealistas fundadores do GAM em 2002, merecem destaque:

- MAJ PM EDUARDO LUIZ BRANDÃO RIBEIRO. Piloto de Helicóptero, foi o primeiro Subcomandante do GAM e, por muitos meses, o único piloto de helicóptero habilitado como Comandante de aeronave. Como na época só tínhamos um único helicóptero "Esquilo", às vezes ouvíamos na fonia piadas do tipo "Fênix ZERO-ÚNICO", ou invés de "Fênix ZERO-UM"... Atualmente é o Comandante da unidade.

- CAP PM MIGUEL FRANCISCO RAMOS JÚNIOR. "Caveira" com passagem pelo BOPE, APM, GETAM e SSP, inicialmente chegou ao GAM para compor o Núcleo de Policiamento Marítimo (NPM). Hoje é piloto de helicóptero e Subcomandante da unidade.

- CAP PM VALDECI SANTOS DE LIMA. Oficial de tropa, foi um dos primeiros Oficiais da PMERJ a realizar o CAAVO na Marinha do Brasil. Chegou ao GAM em 2002 já como co-piloto e contribuiu bastante na formação da nova geração de pilotos. Encontra-se hoje à disposição da CASA CIVIL do Governo do Estado.

- CAP PM SÉRGIO DE ANDRADE ALVES. Oficial de tropa com especialidade em cães foi, juntamente com o CAP LIMA, um dos primeiros Oficiais da PMERJ a realizar o CAAVO na Marinha do Brasil. Chegou ao GAM em 2002 já como co-piloto e contribuiu bastante na formação da nova geração de pilotos. Encontra-se hoje à disposição da CASA CIVIL do Governo do Estado.

- CAP PM DANIEL MIRANDA DE QUEIROZ. Oficial de tropa com vasta experiência em combates urbanos, chegou ao GAM já como co-piloto tendo arcado com a sua formação de piloto com recursos próprios! Exerceu a função de co-piloto por muito tempo, e depois, como Comandante de aeronave, contribuiu e até hoje contribui na formação dos novos Comandantes. Gravemente ferido em voo em 2004, mantém-se firme e forte no GAM. É uma figura ímpar do Grupamento, falante, irônico e muito simpático, sendo um dos poucos Oficiais que permaneceram no GAM desde a sua fundação até a presente data.

- 1º TEN PM GILSON FERNANDES. Oficial de tropa, com passagem pelo Colégio Naval e pela Escola Naval da Marinha do Brasil antes de ingressar na PMERJ, inaugurou o GAM em 2002 inicialmente compondo o Núcleo de Policiamento Marítimo (NPM). Hoje é piloto de helicóptero e, juntamente com o CAP DANIEL, é um dos poucos Oficiais que permanecem no GAM desde a sua fundação até hoje.

- 2º TEN PM RODRIGO DUTON ALVES. Eu mesmo, o autor desse blog. Oriundo do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur), fui transferido para o GAM na véspera de sua fundação, assim como todos os Oficiais supracitados. Passamos a madrugada da véspera da inauguração do GAM pintando suas paredes e acertando os últimos detalhes.

Realizei o primeiro Curso de Tripulante Operacional de Radiopatrulhamento Aéreo (CTO) em 2002, juntamente com o "caveira" e amigo 2º TEN PM ALEXANDRE BARBOSA DE LIMA. Concluído o curso, conquistamos o título de "ASA", uma espécie de "Caveira"do GAM. Fomos os primeiros Oficiais a ser Tripulante Operacional na PMERJ, o que é motivo de muito orgulho pra nós.

Exerci a atividade de Tripulante Operacional por quase 1 ano, cumulativamente às minhas funções administrativas (Relações Públicas, Chefe dos Tripulantes, Adjunto do P3, etc).

Fui Subcoordenador do segundo Curso de Tripulante Operacional (CTAM) e, concluído esse curso, recebi convite para servir à disposição da CASA CIVIL, no Governo Rosinha Garotinho. Juntamente com o MAJ PM EDUARDO LUIZ, enfrentei o turbulento momento de mudanças de antiga CGOA (Coordenadoria Geral de Operações Aéreas) para a CAOA (Coordenadoria Adjunta de Operações Aéreas). Hoje a CAOA chama-se SAOA (Subsecretaria Adjunta de Operações Aéreas). Findo o governo de Rosinha Garotinho, deixamos a "casa" bem arrumada para nossos sucessores.

Creio que a minha maior contribuição ao GAM, naquele período de 2002 e 2003, foi ter ajudado Oficiais como o 2º TEN PM RODRIGO DE LIMA NUNES, 2º TEN PM CLAUDIO DOS SANTOS LEITÃO e 2º TEN PM MARCELO VAZ DE SOUZA a irem servir no GAM.

Esses competentes Oficiais fizeram toda a diferença no processo de consolidação do GAM como unidade aérea reconhecida em todo o Brasil. Muito me orgulho de vocês, amigos!

Outras dezenas de Policiais Militares, em sua grande maioria Praças, fundaram o GAM em 21 de Março de 2002, sendo impossível relatar nesse blog a história de cada um deles.

Uma Praça que fundou o GAM e encontra-se lá até hoje merece destaque e todo o meu respeito e admiração:

- CB PM LUIZ AFONSO. Praça oriundo do BOPE, arcou com a sua formação de piloto com recursos próprios! Exerceu a função de co-piloto por muito tempo, e depois, como Comandante de aeronave, contribuiu e até hoje contribui na formação dos novos Comandantes de aeronave. Bastante competente e muito prestativo, sofreu algumas injustiças hoje superadas. É figura ímpar no GAM, grande responsável pela união existente entre os Oficiais e Praças. Serve como importante elo nesse processo. É, acima de tudo, um amigo leal e competente.

Em suma, restou demonstrado nessa breve síntese histórica do GAM, que são as PESSOAS que por lá passaram e que lá estão o maior PATRIMÔNIO dessa unidade aérea.

Se hoje o GAM é reconhecido nacionalmente como uma unidade aérea expoente, isso se deve ao suor e ao sangue derramados pelas PESSOAS que por lá passaram e que lá estão!

"SEJA NO AR, SEJA NO MAR, A VITÓRIA PRECISAMOS ALCANÇAR!" (Canção do GAM).

Cmte Duton

P.S.: Todos os postos e graduações supracitados estão DESATUALIZADOS!

Referi-me, nessa postagem, aos postos e graduações que os FUNDADORES DO GAM tinham àquela época, ou seja, Março de 2002.

Comunidades no ORKUT


Prezados amigos e seguidores,

Comecei minhas atividades de divulgação da Aviação de Segurança Pública na internet em 2004, através do site de relacionamentos ORKUT.

Aos interessados, estamos no ORKUT com as seguintes comunidades:

- OPERAÇÕES AÉREAS - RJ, comunidade que criei em 18 de Dezembro de 2004;

- GRUPAMENTO AÉREO E MARÍTIMO PMERJ, comunidade que criei em 26 de Março de 2005.

Sejam bem-vindos a bordo!!

Cmte Duton

domingo, 4 de julho de 2010

A importância da produção de conhecimento técnico-científico para a Aviação de Segurança Pública

A Aviação de Segurança Pública é algo que ainda não existe no ordenamento jurídico brasileiro, mas já existe de fato na maior parte dos Estados do Brasil.

Como foi dito na postagem sobre "A FORMAÇÃO DE PILOTOS NO BRASIL", a aviação brasileira divide-se somente entre a Aviação Militar e a Aviação Civil.

É sob a égide da Aviação Civil que se encontra toda a aviação das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, bem como a aviação das Polícias Civis do Brasil.

Mais adequado, ao meu ver, seria criar uma terceira vertente na aviação do Brasil: A Aviação de Segurança Pública que, devido às inúmeras peculiaridades, merece tratamento jurídico diverso da Aviação Civil.

Dessa forma teríamos três diferentes aviações no Brasil:

- A Aviação Militar, composta pela aviação das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica);

- A Aviação de Segurança Pública, composta por todas as Polícias Militares, Polícias Civis, Corpos de Bombeiros Militares do Brasil e Guardas Municipais; e,

- A Aviação Civil, composta pelo que não estivesse enquadrado nas aviações supracitadas.


Essas e outras valiosas propostas/sugestões devem ser provocadas e incentivadas pelos operadores da Aviação de Segurança Pública, ou seja, pelos próprios Policiais Militares, Policiais Civis, Bombeiros Militares e Guardas Municipais do Brasil.

Tratando-se especificamente dos Militares Estaduais, ou seja, dos Policiais Militares e dos Bombeiros Militares do Brasil, estes têm oportunidades ímpares para produzir conhecimento técnico-científico sobre a Aviação de Segurança Pública:

- Durante os nossos CURSOS OBRIGATÓRIOS DA CARREIRA MILITAR: O CAO e CSP.

Os Oficiais pilotos das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil tem, pelo menos, duas grandes possibilidades de contribuir na construção do conhecimento técnico-científico para a Aviação de Segurança Pública:

- A primeira é durante o CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS (CAO), fase onde o Oficial Intermediário (Capitão) tem que cumprir uma elevada carga horária de estudos para concluir o curso, o que o habilitará para a promoção à Major.

O Oficial Intermediário PM ou BM possui razoável bagagem de experiência profissional que o habilita a produzir artigos científicos ou monografias de elevada qualidade.
Nesse quesito, a PMESP partiu na frente e serve de exemplo para todas as PMs e BMs do Brasil.

A PMESP conseguiu que o seu CAO, realizado no Centro de Altos Estudos em Segurança (CAES), fosse reconhecido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) como um Mestrado profissionalizante!

O nível de exigência do CAES/PMESP é bastante alto e os trabalhos ali produzidos são de altíssima qualidade.

Diversos foram os Oficiais pilotos da PMESP que, durante seus CAO, contribuíram para a evolução da Aviação de Segurança Pública no Brasil, através de importantes monografias que foram levadas a cabo.

Não por acaso a PMESP tem hoje a maior Aviação de Segurança Pública do Brasil.

O comprometimento de seus Oficiais os fez alcançar esse status!

Durante o meu CAO, realizado na PMDF entre Fevereiro e Agosto de 2010, pude constatar que eles seguem o bom exemplo da PMESP e, muito em breve, alcançarão o grau de excelência dos paulistanos.

Tive a grata satisfação de estudar com 3 pilotos de helicóptero do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) da PMDF, são eles:

CAP PMDF LÓTUS VIERA LINS, que escreveu sua monografia sobre "Controle patrimonial com o emprego do recurso RFID (radio-frequency identification)";

CAP PMDF EMÍLIO CASTELLAR, que escreveu sua monografia sobre "Viabilidade da implantação de um sistema de geo posicionamento por meio do global positioning system (GPS) nas viaturas e aeronaves da PMDF como meio de aumentar a efetividade de seu serviço de emergência";

CAP PMDF ANTÔNIO GOMES SILVA SOBRINHO, que escreveu sua monografia sobre "O emprego de aeronaves de asas rotativas nas ações policiamento ostensivo preventivo".

Enquanto eu estava no CAO da PMDF, na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro estavam sendo produzidos conhecimentos técnico-científicos sobre aviação pelos seguintes Oficiais pilotos:

CAP PMERJ GILSON FERNANDES, que escreveu seu artigo científico sobre "A necessidade da criação de um serviço aero-médico na PMERJ";

CAP PMERJ FABIANA PEREIRA RIBEIRO, que escreveu seu artigo científico sobre "Normatização da utilização dos aviões da PMERJ para transporte nacional como ferramenta de redução de gastos".

Esses comprometidos Oficiais Intermediários da PMDF e da PMERJ com certeza apresentaram suas valiosas contribuições para o crescimento da Aviação de Segurança Pública no Brasil.

Resta-nos, agora, lutar para que os nossos projetos sejam implementados!

Tenho certeza que, Brasil afora, diversos Oficiais Intermediários pilotos fizeram o mesmo!

Coloquem aqui nesse blog, em forma de comentário, suas produções técnico-científicas para que todo o Brasil as conheça e que possam vir a ser consultadas e pesquisadas pelos interessados.

Muitas vezes uma produção técnico-científica da PMBA é aplicável à PMERJ, assim como uma produção da PMERJ pode ser útil à PMAM, e assim sucessivamente...


- A segunda oportunidade de colaborar com o crescimento da Av. Seg. Pub. é durante o CURSO SUPERIOR DE POLÍCIA (CSP), também conhecido como CURSO DE ALTOS ESTUDOS (CAE) em algumas PMs.

Nesse momento da carreira, o Oficial Superior (Major ou Tenente Coronel) também deve cumprir uma elevada carga horária de estudos para concluir o curso e estar habilitado à promoção ao último posto da carreira, o de Coronel.


Havendo o empenho e o comprometimento dos Oficiais Intermediários e Superiores (pilotos) das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil, certamente a Aviação de Segurança Pública alçará voos cada vez mais altos!

Bons voos!

Cmte Duton

P.S.: Minha monografia realizada durante o CAO na PMDF versou sobre "A implementação da frota de helicópteros bimotores na aviação da PMERJ".

Parte das idéias que defendi neste trabalho está bastante resumida na postagem "A AVIAÇÃO POLICIAL COM HELICÓPTEROS NO BRASIL E NO MUNDO".

As operações aéreas policiais e de defesa civil no Rio de Janeiro


Hoje o Estado do Rio de Janeiro conta com 4 unidades distintas de aviação, a saber:

1 - GRUPAMENTO AÉREO E MARÍTIMO (GAM) - PMERJ

O GAM está dividido entre o Núcleo de Policiamento Aéreo (NPA) e o Núcleo de Policiamento Marítimo (NPM).

O NPA é composto por Policiais Militares que exercem as funções de piloto de aeronave (avião e helicóptero), mecânico de aeronave e tripulante operacional de radiopatrulhamento aéreo.

O NPM é composto por Policiais Militares especializados em embarcações, motores náuticos e operações policiais marítimas.

Existe ainda no GAM o Núcleo de Instrução Especializada (NIEsp) e o pessoal administrativo, que dá valioso suporte a todo o funcionamento burocrático da unidade.

A sede do GAM é na Avenida Feliciano Sodré, nº 273, Centro, Niterói.


2 - SERVIÇO AEROPOLICIAL (SAER) - PCERJ

O SAER é composto por Policiais Civis que exercem as funções de piloto de aeronave (helicóptero) e de tripulante operacional.

O SAER foi a primeira unidade policial do RJ a operar com o helicóptero blindado HUEY II, em 2008.

Boa parte dos seus pilotos é oriunda da antiga Coordenadoria Geral de Operações Aéreas (CGOA), sendo, por isso, bastante experientes.

A sede do SAER é na Avenida Borges de Medeiros, nº 1444, Lagoa, Rio de Janeiro, juntamente com a SAOA/CASA CIVIL.


3 - GRUPAMENTO DE OPERAÇÕES AÉREAS (GOA) - CBMERJ

O GOA é composto por Bombeiros Militares que exercem as funções de piloto de aeronave (helicóptero e avião), tripulante operacional/guarda-vidas e mecânico de aeronave.

O GOA foi a primeira unidade aérea do Brasil a operar com o avião de combate a incêndios modelo "AIRTRACTOR".

Infelizmente essa aeronave sofreu queda em Maio de 2010, havendo perda total do equipamento e falecimento da tripulação. Hoje o GOA opera apenas com helicópteros.

A sede do GOA é no Aeroporto de Jacarepaguá (SBJR), na Avenida Ayrton Senna, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.


4 - SUBSECRETARIA ADJUNTA DE OPERAÇÕES AÉREAS (SAOA) - CASA CIVIL

A SAOA é uma evolução do que já foi a CGOA e, posteriormente a CAOA - Coordenadoria Adjunta de Operações Aéreas (Governo Rosinha Garotinho).

A SAOA é composta por Policiais Militares, Policiais Civis, Bombeiros Militares e outros colaboradores de outros órgãos públicos que exercem as funções de piloto de aeronave (helicóptero) e mecânico de aeronave.

Atualmente a SAOA não dispõe de tripulantes operacionais pois suas operações restringem-se ao transporte executivo de autoridades e personalidades.

A sede da SAOA é na Avenida Borges de Medeiros, nº 1444, Lagoa, Rio de Janeiro, juntamente com o SAER/PCERJ.


Cmte Duton

sábado, 3 de julho de 2010

A formação de pilotos no Brasil


A aviação no Brasil está dividida entre Aviação Civil e Aviação Militar.

A Aviação Militar abrange as aeronaves militares, sendo essas as pertencentes às Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica).

Todas as demais aeronaves brasileiras, incluindo as das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil, são classificadas como aeronaves civis, integrando, portanto, a Aviação Civil.

Toda a Aviação Civil do Brasil está subordinada a uma agência reguladora criada em 2005 chamada ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil.

A Lei Federal nº 11.182 / 2005 criou a ANAC e a tornou a autoridade de aviação civil brasileira.

Com natureza jurídica de autarquia especial, a ANAC é caracterizada por independência administrativa, autonomia financeira, ausência de subordinação hierárquica e mandato fixo de seus dirigentes.

Cabe à ANAC adotar as medidas necessárias para o atendimento do interesse público e para o desenvolvimento e fomento da aviação civil, da infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária do País, atuando com independência, legalidade, impessoalidade e publicidade.

Para se tornar piloto de avião ou helicóptero, o candidato deve seguir as normas estabelecidas pela ANAC.

Para habilitar o piloto, devem ser atendidos os requisitos de idade, escolaridade, conhecimento, experiência, instrução de vôo e aptidão psicofísica.

Devido a complexidade do tema, para melhor conhecimento do assunto recomendo a leitura atenta do Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica (RBHA) Nº 61 que trata dos REQUISITOS PARA CONCESSÃO DE LICENÇAS DE PILOTOS E INSTRUTORES DE VÔO.

O documento pode ser encontrado na internet através de sites de busca, bastando escrever "RBHA 61" na janela de busca.

O mesmo RBHA 61 pode ser encontrado diretamente no site da ANAC: www.anac.gov.br

A carreira do piloto civil começa como PILOTO PRIVADO (PP), seja de avião ou helicóptero.

OBS: Existem significativas diferenças entre as carreiras de um piloto de avião e um piloto de helicóptero.

Somente a título exemplificativo, durante a fase das aulas práticas de voo, nota-se que o custo da hora de voo em um helicóptero de instrução é pelo menos 2 vezes maior que a hora de voo em um avião de instrução!!


Cumpridos todos os requisitos da ANAC, o candidato torna-se Comandante de aeronave ao final das instruções teóricas e práticas de Piloto Privado.

Aos Pilotos Privados é vedada a exploração comercial de suas carreiras, ou seja, os PP não podem ser remunerados pelas atividades aeronáuticas que exercerem.

Uma vez possuidor da habilitação de PP, o piloto civil pode evoluir na carreira para alçar o status de PILOTO COMERCIAL (PC).

Cumpridos todos os requisitos da ANAC, o Piloto Privado torna-se Piloto Comercial e aí sim poderá explorar comercialmente suas habilidades profissionais, ou seja, receber dinheiro para voar como piloto profissional.

A evolução da carreira do piloto civil termina na função de PILOTO DE LINHA AÉREA (PLA), que pouco se diferencia do Piloto Comercial, senão pelo elevado acúmulo de horas de voo exigidas como experiência profissional.

Ao PLA é exigida também a habilitação em Instrument Flight Rules (IFR), que vem a ser as "Regras de Voo por Instrumentos".

Uma vez habilitado em IFR, o piloto pode efetuar voos sob essas condições especiais de voo.

Ressalte-se que, desde Piloto Privado, o piloto civil pode conquistar a habilitação de IFR, bastando para tanto realizar os cursos teóricos e práticos, bem como aprovação nos exames da ANAC.

Outra vertente na carreira do piloto civil é a de INSTRUTOR DE VOO DE AVIÃO / HELICÓPTERO (INVA/H).

Para se tornar instrutor de voo o requisito mínimo é ser Piloto Comercial de Avião ou Helicóptero. O instrutor de voo pode, obviamente, explorar comercialmente suas habilidades.

É permitido aos pilotos civis acumular especialidades, ou seja, um piloto civil pode ser, ao mesmo tempo, PP de Avião (PPA) e PLA de Helicóptero (PLAH), ou vice versa.

O piloto civil pode, se quiser, ser PLA de avião e também de helicóptero. Pode ainda conquistar a habilitação de IFR em avião e usá-la como PLAH. São tantas as variações que explicitá-las todas aqui tornaria a postagem enfadonha.

Quem deseja ser piloto de avião e/ou helicóptero deve começar visitando o site da ANAC.

Depois disso, é recomendável visitar um ou mais Aeroclubes e/ou Escolas de Aviação.

Recomendo aos novatos que cumpram integralmente toda a parte teórica do curso de PP para somente após o exame intelectual da ANAC, iniciar as aulas práticas de voo.

As aulas práticas de voo são muito mais atraentes do que as aulas teóricas ministradas em sala de aula e podem, portanto, desviar o foco dos estudos para quem fizer as aulas teórica e práticas simultaneamente.

Cabe esclarecer que o Curso Teórico de PP é, hoje em dia, dispensável. O candidato a PP pode estudar por conta própria e ir realizar o exame intelectual na ANAC.

O curso teórico de PC é obrigatório e trata-se de um aprofundamento das disciplinas estudadas no curso teórico de PP, por isso, quem fizer um bom estudo de PP tem grandes chances de sucesso ao tentar o exame intelectual para PC da ANAC.

Para quem quiser se tornar piloto de avião ou helicóptero, o céu é o limite!

Bons voos!

Cmte Duton