domingo, 12 de maio de 2013

Aviação de Segurança Pública e a Responsabilidade Cível do Comandante de Aeronave

No momento em que parte da imprensa questiona as ações do helicóptero da Polícia Civil fluminense em operações aéreas policiais em áreas de risco, torna-se PRUDENTE e altamente RECOMENDÁVEL para todo e qualquer COMANDANTE DE AERONAVE DE SEGURANÇA PÚBLICA DO BRASIL a leitura do trabalho monográfico do MAJ PMESP EDUARDO ALEXANDRE BENI, criador do site PILOTO POLICIAL.

Muitos de nós, pilotos policiais, gosta mesmo é de voar e ir para as operações sentir aquela adrenalina que só nós sabemos qual é, mas o trabalho de um COMANDANTE DE AERONAVE que também é GESTOR dentro de sua organização deve ir além… Não se trata de trocar os comandos da aeronave pelos papéis da burocracia, mas sim DAR EFETIVA CONTRIBUIÇÃO AO CRESCIMENTO E FORTALECIMENTO DA NOSSA ATIVIDADE ATRAVÉS DA PRODUÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS!

Já escrevi aqui no meu blog que nós, PILOTOS DE SEGURANÇA PÚBLICA que já assumimos ou em breve assumiremos a chefia ou direção das operações aéreas dentro das nossas organizações de segurança pública, temos o DEVER MORAL de contribuir para o CRESCIMENTO E FORTALECIMENTO da nossa atividade através da PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO CIENTÍFICO, ou seja, aproveitar os cursos de carreira ou não para PRODUZIR TRABALHOS CIENTÍFICOS que abordem a nossa prática diária nas operações aéreas de segurança pública.

De que adianta eu, Oficial e piloto, escrever sobre "policiamento comunitário" ou sobre a "história da PMERJ"??? Tem gente na minha corporação muito mais qualificada do que eu para abordar esses temas! 

A mim, Oficial e piloto, cabe tão somente escrever sobre o pouco que já aprendi nos meus anos de trabalho a bordo dos helicópteros da polícia: as OPERAÇÕES AÉREAS POLICIAIS!! Parece-me óbvio, não?? 

Durante o meu Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO), realizado em 2010 na PMDF em convênio com a Universidade de Brasília (UnB), abordei o tema da necessidade do uso de helicópteros BIMOTORES nas operações aéreas policiais desenvolvidas em área urbana densamente povoada onde, sabe-se, praticamente não existe local para pouso de emergência. Busquei levantar essa bandeira EM PROL DA SEGURANÇA da tripulação e das pessoas sobrevoadas no solo. Muitos apoiaram minha iniciativa e o meu trabalho monográfico já rodou diversos Estados do Brasil, onde a mesma bandeira foi ou está sendo defendida… É pra isso que nós, pilotos e GESTORES, devemos PRODUZIR CONHECIMENTO CIENTÍFICO NA NOSSA ÁREA!! Um trabalho feito em Brasília pode ser útil em qualquer lugar do país.

Meu amigo MAJ ALEXANDRE BENI, durante o seu CAO realizado na PMESP em 2009, fez um trabalho muito melhor e mais abrangente que o meu: abordou juridicamente o tema da RESPONSABILIDADE CÍVEL DO COMANDANTE DA AERONAVE DE SEGURANÇA PÚBLICA.



LEITURA OBRIGATÓRIA para todo piloto de segurança pública prudente e de bom senso, o trabalho monográfico do MAJ BENI é uma verdadeira AULA sobre o assunto e nos esclarece muitos pontos nebulosos que no nosso dia a dia de patrulhamento aéreo passam despercebidos…

Como eu mesmo já vi e vivi, torna-se fácil  e comodo para um chefe ordenar aos seus pilotos "vai lá e faz" mas, se algo sair errado, ouve-se a tradicional evasiva covarde "não foi bem isso que eu mandei fazer, agora assuma as consequências"…

É aquela famosa máxima que eu ouço, em tom de brincadeira mas com grande fundo de verdade, desde os tempos que eu era cadete: "Vai lá e faz! Se NÃO der merda eu seguro!" kkkk

Por essas e outras, faço essa postagem em meu blog recomendando com veemência a leitura da monografia do MAJ EDUARDO BENI (PMESP) sobre esse importantíssimo tema!! 

Conheçam "A TRÍPLICE RESPONSABILIDADE DOS MILITARES DO ESTADO" (administrativa, penal e civil), muito bem explicada pelo MAJ BENI no capítulo 3 da sua monografia.

Porque, depois que os problemas aparecem ("se der merda"), quem estará ao nosso lado serão apenas os ADVOGADOS DE DEFESA!!!

Cmte Duton


Do site PILOTO POLICIAL

EDUARDO ALEXANDRE BENI
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo discutir os aspectos legais que envolvem a Aviação de Segurança Pública executada pela Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), através do Grupamento de Radiopatrulha Aérea (GRPAe), e, a partir desse estudo, possibilitar um entendimento mais detalhado sobre a atividade de comandante de aeronave e sobre sua responsabilidade cível (responsabilidade civil e administrativa) na condução de aeronave, seja helicóptero ou avião, apresentando um melhor posicionamento frente ao contexto jurídico do Direito Público.
Assim, buscou-se um aporte histórico-jurídico para que se possa entender como surgiu a Aviação Civil, Militar e Policial no Brasil e como evoluíram ao longo do século passado até os dias atuais.
Com o ressurgimento da aviação policial no Estado de São Paulo em 1984, através do GRPAe da PMESP e diante da previsão legal para a realização da modalidade de policiamento, denominada radiopatrulhamento aéreo, buscou-se, junto ao então Departamento de Aviação Civil (DAC), hoje Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), subsídios legais com o objetivo de criar regras para essa nova atividade, o que foi feito. Com a evolução do serviço e sua disseminação por todos os órgãos policias no Brasil, essas regras foram atualizadas e alteradas na medida em que se organizava, resultando na atual legislação.
Neste trabalho, abordar-se-á sobre a competência legal de a ANAC regulamentar a Aviação de Segurança Pública, apesar de sua atribuição principal ser a de regular e fiscalizar as atividades de aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária. Tratar-se-á, ainda, nesse sentido, sobre a competência legal do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), por ter como escopo planejar, gerenciar e controlar as atividades relacionadas com o controle do espaço aéreo, com a segurança da navegação aérea, com as telecomunicações aeronáuticas e com a tecnologia da informação.
Diante deste cenário, a ANAC e o DECEA regulamentaram esta atividade através de instrumentos normativos não primários, aprovados por portaria, porém, onde a lei deveria dispor, estes instrumentos foram utilizados para normatizar a atividade de Segurança Pública executada pela União, Distrito Federal e Estados.
Por sua vez, com a criação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), iniciaram-se trabalhos para a uniformização do serviço aeropolicial no Brasil, de forma que foram criados cursos, catalogadas todas as organizações policiais e de bombeiros militares do Brasil que possuíam este serviço, mobilizadas para realização de missões, como o que ocorreu nos Jogos Pan-Americanos e nas enchentes que assolaram o Estado de Santa Catarina, resultando na criação da Comissão de Aviação de Segurança Pública e recentemente do Conselho Nacional de Aviação de Segurança Pública.
Tendo em vista a participação direta do DECEA, ANAC e SENASP na Aviação de Segurança Pública, tratou-se neste trabalho os assuntos relacionados ao emprego e atribuição da Polícia Militar, ao uso do espaço aéreo brasileiro, segurança da aviação, organização e preparo dos órgãos de Aviação de Segurança Pública.
Quanto à figura do comandante de aeronave, o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) aborda as questões referentes à sua responsabilidade, formação das tripulações, licenças e certificados. Por sua vez, a Lei N° 7.183/84 regulou o exercício da profissão do aeronauta, a qual aborda temas relacionados aos profissionais que atuam na Aviação Civil, e que será estudada frente às atribuições e responsabilidades do piloto policial.
Este trabalho tem como escopo demonstrar que o comandante de aeronave em uma atividade de segurança pública está sujeito às medidas sancionadoras na esfera administrativa (organizacional), penal (comum e militar) e civil. A importância de se estabelecer regramento jurídico é fundamental para a realização de um voo seguro, pois se sabendo os limites legais e os regulamentares, inibem-se as adaptações e as interpretações equivocadas, dando garantia e segurança ao trabalho realizado, pois a aeronave e o piloto, por si sós, não são os únicos meios para se garantir um voo seguro.
Frente a essas questões, será tratado sobre a Responsabilidade Civil do Estado e sua influência na Aviação de Segurança Pública, bem como na necessidade do Estado contratar seguros aeronáuticos como forma de garantir sua responsabilidade e minimizar os riscos inerentes à atividade.
Abordar-se-á sobre a responsabilidade cível do comandante de aeronave, seja ela administrativa ou civil, não sendo propósito deste trabalho aprofundar-se na legislação penal e penal militar, tendo como foco analisar as regras de conduta estabelecidas pelo Regulamento Disciplinar da PMESP (RDPM), o papel do Conselho de Voo Operacional do GRPAe (COV) e a sindicância como meio de apuração das responsabilidades, propondo ao final alterações e entendimentos a cerca do emprego e condução de aeronave da PMESP.
Estrutura do Trabalho
Este trabalho foi estruturado em quatro capítulos. O primeiro abordou as origens jurídicas da Aviação Civil e Militar no Brasil, em especial a Aviação da Força Pública do Estado de São Paulo, a aviação das Forças Armadas do Brasil, a Aviação Civil e a criação do GRPAe.
Capítulo 2 destina-se a tratar sobre o direito aeronáutico e a Aviação de Segurança Pública, falando sobre seu aporte constitucional, a aplicação do CBA nesta atividade, bem como a abrangência das infrações previstas no CBA, o papel que a ANAC, o DECEA e a SENASP representam nesta atividade, além de analisar o substitutivo ao Projeto de Lei No 2.103/99 que trata desse assunto e ao final será apresentada proposta de emenda substitutiva ao Projeto de Lei N° 2.103 de 1999.
Capítulo 3 aborda os assuntos relacionados, especificamente, à responsabilidade civil do policial militar enquanto comandante de aeronave da PMESP, ingressando no tema da responsabilidade civil do Estado, teoria do risco e a sociedade contemporânea, a culpa, seus tipos e seus fundamentos, além das excludentes do nexo de causalidade e, por fim, será abordada a importância do seguro aeronáutico como garantia da responsabilidade civil do Estado.
Capítulo 4 apresenta entendimentos sobre a responsabilidade administrativa no que se refere às transgressões disciplinares previstas no RDPM que tipificam condutas específicas relacionadas à condução e emprego das aeronaves da PMESP.
Este capítulo aborda também assuntos sobre a apuração da responsabilidade cível do comandante de aeronave da PMESP, analisando seu envolvimento na investigação SIPAER do sinistro aeronáutico, definido o papel do COV do GRPAe e da sindicância na apuração de sinistros aeronáuticos.
Por derradeiro, neste Capítulo, com base no que foi estudado, será apresentada proposta de Nota de Instrução sobre o COV do GRPAe e alterações nas Instruções do Processo Administrativo (I-16-PM) da PMESP.


Autor: O major PM Eduardo Alexandre Beni é piloto de helicóptero da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP). Monografia apresentada em 2009 no Centro de Altos Estudos de Segurança “Cel PM Nelson Freire Terra” da PMESP como parte dos requisitos para a aprovação no Mestrado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública (Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais – CAO).

terça-feira, 7 de maio de 2013

Considerações acerca da reportagem especial do FANTÁSTICO (05MAI2013)

Foi com indignação, vergonha e nojo que assisti a reportagem especial do programa FANTÁSTICO no último domingo dia 05MAI2013.



Uma gravação de vídeo feita de dentro da aeronave da POLÍCIA CIVIL estranhamente "vazou" para a imprensa, que fez a "festa da audiência" criticando uma ação policial bem sucedida. 

A apresentadora do FANTÁSTICO diz rapidamente a seguinte frase, como se normal fosse: "o FANTÁSTICO obteve o vídeo que mostra a caçada a um dos traficantes mais perigosos do Rio, o matemático. São imagens feitas pelo helicóptero da Polícia Civil…" 

Como assim "obteve o vídeo"??? Isso deve ser apurado!!

Primeira pergunta que me veio a cabeça: como uma gravação feita de dentro de um helicóptero modelo AS 350 "Esquilo", onde só cabem 6 pessoas (2 pilotos e 4 tripulantes operacionais), "vazou" para imprensa?? Certamente existe gente de caráter duvidoso infiltrado nos quadros das corporações que faz jogo duplo: ora veste a farda/uniforme da polícia, ora vende imagens e informações INTERNAS para a imprensa…

Não estou aqui acusando a tripulação daquela operação, mas sim afirmando que "gente de dentro da corporação", que teve acesso às imagens, passou ou vendeu para quem não deveria! 

Essas imagens são de uso da POLÍCIA e no âmbito da POLÍCIA deveriam permanecer!! Eventuais erros cometidos pelos policiais devem ser tratados interna corporis, pelas corregedorias e demais setores competentes.

Segunda pergunta que me ocorreu e que não sai da minha cabeça: porque uma gravação de uma operação aérea policial que ocorreu há um ano atrás ganha destaque somente agora?? A matéria veiculada no programa FANTÁSTICO, além de claramente INTEMPESTIVA, só serviu para DESESTIMULAR profissionais que arriscam suas vidas em defesa da sociedade… 

Houve inocente ferido ou morto?? NÃO!! Houve policial ferido ou morto?? NÃO!! Houve traficante preso ou morto?? SIM!! Resultado: OPERAÇÃO BEM SUCEDIDA!!!! E não se fala mais nisso!

A grande maioria das operações policiais TERRESTRES também possui alto grau de risco para os transeuntes… quem não sabe disso??
  
A quem interessa desmoralizar a POLÍCIA??



Terceira pergunta que não quer calar: quanto recebem os tais "especialistas" para falar mal da POLÍCIA?? Se um dia já foram policiais e CONHECEM DE FATO A DINÂMICA DAS OPERAÇÕES, deveriam ao menos ser ISENTOS nos comentários de ordem técnica, pois cabe a JUSTIÇA julgar as ações supostamente excessivas dos policiais, NÃO AOS "ESPECIALISTAS"!!

Agora, esses bravos policiais da PCERJ, já estão PRÉ-JULGADOS pela mídia e por parte da sociedade… Já apareceu até um deputado oportunista fazendo palanque em cima desse vídeo! EXECRÁVEL CONDUTA PARLAMENTAR!! Não me lembro de tê-lo visto no enterro dos nossos amigos mortos em 17OUT2009...

Quando nosso helicóptero da PMERJ foi diversas vezes alvejado por tiros de fuzil ao sobrevoar o Morro dos Macacos em 17 OUT 2009 e veio a fazer um pouso forçado num campo de várzea, perdemos 3 policiais e outros 3 ficaram feridos! 

Qual "ESPECIALISTA" veio a público defender aqueles 3 Tripulante Operacionais que MORRERAM no exercício de suas funções, alvo de uma saraivada de tiros de fuzil?? Agora reclamam da saraivada de tiros da polícia contra traficantes?? FALA SÉRIO!!!!!

Constato, com profundo pesar, que existem INIMIGOS INTERNOS dentro das corporações capazes de vender ou gratuitamente fornecer imagens da polícia para a imprensa.

Constato também, com mais pesar ainda, que tentar fazer um trabalho sério, de alto grau de risco pessoal, com idealismo, destemor e, sobretudo, AMOR A PROFISSÃO, está cada vez mais difícil e CONTRA-INDICADO… quem agora estará do lado da tripulação daquele helicóptero da PCERJ?? Somente os advogados de defesa, talvez…

Já não bastassem os tiros de fuzil vindos das armas dos marginais, o relevo acidentado sobre o qual voamos a baixa altura, a existência de fios de alta e baixa tensão, torres de energia e telefonia móvel, pipas, balões, fogos de artifício, obstáculos em geral, meteorologia adversa, área urbana sem opções para pouso de emergência, aeroportos movimentados na região metropolitana, visão restrita, entre outros fatores de ordem técnica, agora nós, POLICIAIS QUE VIVEMOS DAS OPERAÇÕES AÉREAS, os verdadeiros ESPECIALISTAS no assunto, ainda temos que tomar muito cuidado com os "inimigos internos" e os pseudo-especialistas e suas maravilhosas conclusões midiáticas…

Que este triste episódio (era para ser feliz, não fosse o rumo que tomou!!) sirva de lição para todos nós, que arriscamos nossas vidas para defender uma sociedade muitas vezes hipócrita, que aceita tranquilamente a morte de policiais, mas agora execra aqueles que cumpriram muito bem seu dever! Menos um traficante vagabundo em circulação!! O "matemático" está agora fazendo contas no colo do capeta!!!



Parabéns a PCERJ, a POLÍCIA FEDERAL e a PMERJ que agiram em conjunto em defesa da ordem pública!!!

OPERAÇÕES AÉREAS!!!!   

Cmte Duton

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

"Esquadrilha" da fumaça com helicópteros??

Originalmente o termo Esquadrilha foi empregado pelas Marinhas para designar uma pequena Esquadra. Com o advento da aviação militar, o termo foi utilizado para designar voos de 4 a 8 aeronaves.

No Brasil, todos conhecemos a "Esquadrilha da Fumaça", motivo de orgulho nacional.

O que descobri navegando pela internet foi uma "esquadrilha" da fumaça composta por helicópteros nos EUA (permitam-me empregar o termo "esquadrilha" mesmo sabendo que não se trata de uma formação mínima de 4 aeronaves).

O vídeo é bastante impressionante, ainda mais se levarmos em consideração os helicópteros empregados nas manobras: os frágeis ROBINSON 22 (R22), mundialmente empregados para os voos básicos de instrução.


Definitivamente esse pilotos são muito bons! Essas arrojadas manobras a gente não aprende nas aulas de Piloto Privado… kkkk

Cmte Duton


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Tecnologia embarcada em prol da segurança pública

Interessante vídeo sobre tecnologia embarcada em uso nos helicópteros da Polícia do Reino Unido.


Detalhe importante: por lá, todos os helicópteros da POLÍCIA são bimotores, para a segurança das tripulações e das pessoas sobrevoadas no solo.

Fica mais um bom exemplo para o Brasil.

Cmte Duton

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Bom exemplo do Corpo de Bombeiros de MG


Reproduzo matéria já publicada pelo site PILOTO POLICIAL, um bom exemplo vindo do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, que está adquirindo 4 (quatro) helicópteros bimotores para cumprir suas missões.

Baseado no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte/MG, e atualmente operando dois helicópteros AS350 B3 Esquilo e um avião Cessna Centurion, o Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (BOA CBMMG) estrutura-se para expandir suas capacidades.
AS350 B3 Esquilo BOA CBMMG
Tendo em vista convênio firmado, no final do ano passado, entre a Secretraria de Estado da Sáude e o Corpo de Bombeiros, segundo fontes ouvidas por T&D, a unidade estaria se preparando para receber novos equipamentos na forma de quatro helicópteros biturbina configurados e equipados para a realização de atividades de salvamento aéreo, resgate aeromédico e combate a incêndios, e dois aviões turboélices monomotores destinados ao transporte de homens e material, ligação entre unidades e apoio logístico. Conforme convênio, se adquiridas, essas aeronaves serão tripuladas com médicos da Secretaria. O edital da licitação deverá ser divulgado no mês de fevereiro.
A quantidade de encomendas, caso se confirmem, sugere fortemente que o BOA deverá inaugurar sua 1ª base de operações fora do entorno da capital do estado, Belo Horizonte. Conforme informações apuradas por T&D em 2012, as cidades com maiores chances de receber os “Arcanjos” do BOA nessa fase de expansão de suas atividades são Montes Claros e Juiz de Fora, devido a estratégica localização próximo aos corredores rodoviários e a grande concentração populacional das regiões. A criação de bases do BOA CBMMG em pontos estratégicos do interior deverá agilizar bastante o atendimento, diminuindo o tempo de resposta ao acionamento de uma ocorrência.
A introdução de avançados helicópteros biturbinas confirma a tendência mundial de operação de aeronaves de maior porte e capacidade nos grandes centros, devido a grande confiabilidade e reserva de potência proporcionada pelos dois motores utilizados pela aeronave.
Desta forma, o BOA continua se adequando as demandas previstas para a realização do evento FIFA Copa do Mundo de Futebol 2014 no Brasil, já que Belo Horizonte é uma das cidades sede do mundial. Com a expansão da região metropolitana da capital e de várias cidades do interior mineiro, a chegada destas novas aeronaves trará uma nova dimensão as capacidades do Batalhão de Operações Aéreas do CBMMG.
Fonte: Tecnologia e Defesa / Foto: Roberto Caiafa

Cmte Duton

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Bom exemplo que vem da Finlândia


Reproduzo matéria sobre a aquisição de helicóptero bimotor já publicada no site PILOTO POLICIAL:

A Eurocopter vendeu mais dois helicópteros Super Puma para a Guarda de Fronteiras Finlandesa sob um novo acordo anunciado em 20 de dezembro. A empresa vai fornecer o helicóptero totalmente equipado para pesquisa marítima e missões de resgate em condições difíceis do país, configurado como a versão AS332 L1e.
A versão AS332 L1e incorpora o cockpit integrado e sistemas avançados de controle de voo automático usados em helicóptero Eurocopter EC225. Ambas as aeronaves serão baseadas em Helsínquia e equipado para operações diuturnas, inclusive equipado com infravermelho (FLIR), um piloto automático de quatro eixos e degelo completo.
A Guarda de Fronteiras Finlandesa já opera três AS332L1 helicópteros, que ficam baseados em Turku, na costa sudoeste da Finlândia. O serviço já registrou quase 25 anos de experiência com estes Super Pumas. Jacques Cardaillac, chefe vendas da Eurocopter para a Europa do Norte, disse: “Esta nova aquisição demonstra mais uma vez as qualidades do AS332 nas exigentes missões, e que a guarda de fronteiras finlandesa sempre confiou no Super Puma e é um operador de longa data.
Os dois novos helicópteros AS332 L1e serão entregues no final de 2015. O guarda de fronteira finlandesa irá beneficiar-se com a comunalidade da aeronave com sua frota de AS332 L1 atual, otimizando recursos para a gestão logística e manutenção, bem como a formação de pilotos e técnicos.
Fonte: Shephard.

Cmte Duton

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Guardiões do ar - JORNAL DA RECORD - 5ª Parte


Reproduzo em meu blog matérias jornalísticas muito bem feitas pelas equipes da REDE RECORD que foram exibidas no JORNAL DA RECORD na semana de 07 a 11 de Janeiro de 2013.

Vale a pena assistir!




Cmte Duton

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Guardiões do ar - JORNAL DA RECORD - 4ª Parte


Reproduzo em meu blog matérias jornalísticas muito bem feitas pelas equipes da REDE RECORD que foram exibidas no JORNAL DA RECORD na semana de 07 a 11 de Janeiro de 2013.

Vale a pena assistir!



Cmte Duton

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Guardiões do ar - JORNAL DA RECORD - 3ª parte


Reproduzo em meu blog matérias jornalísticas muito bem feitas pelas equipes da REDE RECORD que foram exibidas no JORNAL DA RECORD na semana de 07 a 11 de Janeiro de 2013.

Vale a pena assistir!



Cmte Duton

domingo, 27 de janeiro de 2013

Guardiões do ar - JORNAL DA RECORD - 2ª Parte


Reproduzo em meu blog matérias jornalísticas muito bem feitas pelas equipes da REDE RECORD que foram exibidas no JORNAL DA RECORD na semana de 07 a 11 de Janeiro de 2013.

Vale a pena assistir!



Por aqui pelo Rio de Janeiro nós temos a estranha cultura de achar "normal" sermos atingidos em voo por tiros de fuzis…

Cmte Duton

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Guardiões do ar - JORNAL DA RECORD - 1ª Parte

Reproduzo em meu blog matérias jornalísticas muito bem feitas pelas equipes da REDE RECORD que foram exibidas no JORNAL DA RECORD na semana de 07 a 11 de Janeiro de 2013.

Vale a pena assistir!


Cmte Duton

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Novas ameaças rondam a aviação de segurança pública

Reproduzo em meu blog uma sinistra notícia já divulgada pelo site PILOTO POLICIAL. Alguém duvida que seja verdade?

DO SITE PILOTO POLICIAL:


Não bastasse as já corriqueiras ameaças de incidência de raio laser e disparos de armas de fogos contra as aeronaves brasileiras, agora uma nova e grave ameaça já está devidamente registrada em nosso vizinho de fronteira, a Colômbia.
A ameça de mísseis antiaéreos portáteis (chamados de MANPADS - Man-Portable Air Defense Systems) é considerado pelos Estados Unidos como a prioridade número 1 em relação a assunto de segurança nacional.
Para se ter uma ideia da gravidade do problema, desde de 1975, mais de 40 aeronaves civis foram alvos de MANPADS, causando 28 acidentes com mais de 800 vítimas fatais. Nenhum desses atentados havia sido realizado na América do Sul, e agora esse panorama mudou.
Recente divulgação de uma reportagem pela TV colombiana RCN mostra guerrilheiros das FARC usando um míssil antiaéreo portátil tipo SA-7, de fabricação russa. O alvo era um helicóptero UH-60 Blackhawk da Força Aérea da Colômbia.
Apesar do míssil passar longe de abater a aeronave, a simples constatação da existência de tal equipamento em posse das FARCs, e consequentemente estar disponível no mercado negro de nosso vizinho, é simplesmente “o pior de todos os pesadelos” ao Brasil.

NOTAS:
Para saber mais sobre a visão americana da ameça internacional de MANPADS leia esse artigo:
MANPADS: Combating the Threat to Global Aviation from Man-Portable Air Defense Systems 

Na Colombia, as FARC estão mirando seus MANPADS contra os robustos Black Hawks. Por aqui, se/quando a ameaça chegar, a gente enfrenta com os Esquilos e Jet Rangers das Polícias…
Está na hora de revermos nossos conceitos…

Cmte Duton

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A arte de comandar (6ª parte)


Dando prosseguimento aos ensinamentos do Prof Francesco Alberoni, autor do livro "A ARTE DE COMANDAR", sigo reproduzindo trechos de sua obra que podem provocar profundas reflexões em quem exerce ou está para exercer uma função de comando na vida profissional.

Esta lição trata da LEGITIMIDADE dos líderes, questão sempre levantada quando no deparamos com um novo chefe, comandante ou patrão:

"O sociólogo Max Weber sustenta que existem três tipos de poder legítimo. O tradicional, em que vemos o líder do tipo patriarcal, o cacique; o carismático, onde vemos o líder popular, político e demagogo; e o legal, em que o poder deriva do respeito aos procedimentos indicados pela lei - o mais importante no mundo moderno.

(…)

Porém, todos nós temos experiência de líderes perfeitamente legítimos do ponto de vista legal que não gozam da estima dos seus subalternos, aos quais obedecem, sim, mas de má vontade, e depois o criticam entre si. Em certos casos, na verdade, olham-no com desconfiança, desprezam-no. As pessoas ficam entediadas, ninguém põe em dúvida a sua legitimidade formal, sabem que foi eleito ou designado sob procedimentos legais, mas ficam convictas de que é inadequado, incapaz ou corrupto, até mesmo inapto ao posto que ocupa, e pensam que seria infinitamente melhor se aquele lugar fosse ocupado por alguém mais merecedor e mais capaz. E em alguns casos até saberiam quem por no comando, só que não tem o poder para fazê-lo. Como chamar essa legitimidade: popular, espontânea, informal ou substancial? Talvez esta última seja a expressão mais correta. O líder é legítimo no plano legal, mas ilegítimo no plano substancial".  


Cmte Duton 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A arte de comandar (5ª parte)


Dando prosseguimento aos ensinamentos do Prof Francesco Alberoni, autor do livro "A ARTE DE COMANDAR", sigo reproduzindo trechos de sua obra que podem provocar profundas reflexões em quem exerce ou está para exercer uma função de comando na vida profissional.

No entender do mestre Alberoni, do qual compartilho em gênero, número e grau, vem o saber:

"(…) Quais são as virtudes que nós queremos que ele [o líder, o administrador, o chefe] tenha? 

A sinceridade, contraposta à falsidade, ao fingimento, à intriga, à calúnia, à hipocrisia.

A objetividade: a capacidade de avaliar sem se deixar influenciar pelos preconceitos e pelas maledicências.

A força de espírito, que o torna sereno e lúcido mesmo nos momentos mais difíceis.

A humildade, que é a capacidade de ouvir os outros e de admitir e corrigir os próprios erros.

A coragem, atributo necessário para tomar decisões difíceis e assumir as responsabilidades delas decorrentes.

A generosidade, que é a capacidade de pensar nos outros, no bem-estar deles, de se dedicar, de consumir-se dando o exemplo.

Enfim, a justiça, a difícil arte de escolher os realmente capazes, os honestos, os sinceros, e esmagar os desonestos, os falsos, os caluniadores, quem persegue e prejudica os inocentes."

Cmte Duton


sábado, 12 de janeiro de 2013

A arte de comandar (4ª parte)



Dando prosseguimento aos ensinamentos do Prof Francesco Alberoni, autor do livro "A ARTE DE COMANDAR", sigo reproduzindo trechos de sua obra que podem provocar profundas reflexões em quem exerce ou está para exercer uma função de comando na vida profissional.

Este ensinamento, em particular, é bastante atual e sempre tem o mesmo desfecho trágico:

"A realização de um empreendimento depende sempre da contribuição e do consenso de muitas pessoas. Um dos erros mais graves que um líder pode cometer é pensar que fez tudo sozinho, fechar-se na sua segurança e não ouvir as vozes dos que lhe dão informações, sugestões ou que lhe apontam os erros e riscos. Mussolini, que certamente tinha muita capacidade de chefia, começou a caminhar para o precipício quando admitiu que se escrevesse nos muros e paredes da Itália a frase "Mussolini tem sempre razão"".

É como costumo dizer aos mais próximos: CO-MANDANTE é aquele que manda COM o auxílio dos outros, da sua tripulação, do seu staff, do seu Estado Maior, da sua alta direção. 

Quem "manda sozinho" é MANDANTE, termo comumente associado aos atos criminosos.

Cmte Duton 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A arte de comandar (3ª parte)


Dando prosseguimento aos ensinamentos do Prof Francesco Alberoni, autor do livro "A ARTE DE COMANDAR", sigo reproduzindo trechos de sua obra que podem provocar profundas reflexões em quem exerce ou está para exercer uma função de comando na vida profissional.

Das palavras do Prof Alberoni, vem a lição:

"O cabeça não é aquele que detém a titularidade do comando, o cabeça é aquele que cria. Ninguém mantém junto um Estado, uma empresa, nem mesmo uma família, se não fantasiar, se não resolver continuamente novos problemas, se não inventar. A história está cheia de ociosos que passavam o tempo em caçadas ou em cerimônias mundanas, enquanto o governo estava nas mãos de ministros capazes ou, no califado islâmico, dos grão-vizires. O império romano teve imperadores incapazes ou loucos, mas durou enquanto, nos seus limites, havia grandes generais e soldados fiéis. Até na república mais adormecida, onde os políticos passam o tempo tecendo intrigas e vinganças recíprocas, surgem sempre grandes personalidades solitárias que imprimem uma reviravolta na política, ou criam empresas, jornais, instituições, obras de arte. É para eles que as pessoas se voltam, é graças a eles que permanecem vivas a confiança e a esperança".

Cmte Duton

domingo, 6 de janeiro de 2013

Helicóptero da Polícia ajudou a prender mais de 500 pessoas em 2012


Divulgo em meu blog uma boa notícia já publicada pelo site PILOTO POLICIAL.
Trata-se da constatação estatística da efetividade do apoio aéreo policial, quando um único helicóptero foi capaz de auxiliar na prisão de mais de 500 pessoas ao longo do ano de 2012, ao mesmo tempo em que realizou buscas a pessoas desaparecidas, transporte de vítimas graves, entre outras missões.
Um pequeno detalhe: a notícia acima vem de WEST MIDLANDS, no Reino Unido, e não do Brasil, como eu gostaria de que fosse…
No Reino Unido, todos os helicópteros das unidades de suporte aéreo policial (Air Support Units) são bimotores, por força da legislação, o que confere efetiva proteção aos tripulantes e às pessoas sobrevoadas em solo/água. Além disso, existe alta tecnologia embarcada que auxilia a tripulação no cumprimento das missões (search light, FLIR, NVG, entre outros). 
A definição objetiva de METAS, o efetivo PLANEJAMENTO DAS MISSÕES e a DOUTRINA das unidades aéreas corroboram para o sucesso das Air Support Units do Reino Unido. Numa unidade dessas, improviso e amadorismo não tem vez!
A integração da unidade aérea com a comunidade através de redes sociais como o Twitter, que reporta em tempo real a realização das missões, também é algo louvável e digno de elogios. 
Várias foram as vezes que nossa equipe do GAM sobrevoou uma determinada área do Rio de Janeiro em patrulhamento aéreo preventivo e, as pessoas em solo sem saber do que se tratava o nosso voo, ficavam assustadas com a presença do nosso helicóptero ao invés de sentirem-se mais seguras, que era o nosso objetivo… Vem de WEST MIDLANDS uma solução para esse problema: o uso de microblog Twitter!
Por aqui pelo Brasil, temos algumas unidades aéreas policiais que seguem os bons exemplos de planejamento, doutrina e meios do Reino Unido. 
Faço votos que neste ano de 2013 nossos gestores tenham em mente que é preciso PENSAR GRANDE PARA SERMOS GRANDES… Fazer mais do mesmo nos deixa ESTAGNADOS, sem perspectivas de melhoras no presente e no futuro. 
Quem sabe em 2014 o site "PILOTO POLICIAL" divulgue notícia semelhante a esta tendo como protagonista uma unidade de suporte aéreo policial do Brasil que obtenha estatísticas tão positivas como as de WEST MIDLANDS em 2012? 
Ao meu ver, deve-se começar pelo emprego dos helicópteros bimotores nas operações!! 

 DO SITE PILOTO POLICIAL:
O helicóptero da Polícia de West Midlands, Reino Unido (UK) ajudou a prender mais de 500 pessoas em 2012. O helicóptero decolou 1.362 vezes e foi envolvido em 3.698 ocorrências. Usando uma vasta gama de tecnologia, a aeronave apoiou diariamente policiais em terra, ajudando a rastrear suspeitos ou à procura de pessoas desaparecidas.
Ao longo do ano a aeronave voou 1.175 horas e foi responsável por encontrar 27 pessoas que tinham sido dadas como desaparecidas. O helicóptero também atuou como transporte de vítimas graves, quando a ambulância não pode trabalhar à noite.
E ele faz isso em regime de “part-time”, uma vez que só é financiado para voar 1.400 horas por ano, o que equivale a cerca de quatro horas por dia. O helicóptero, que tem o sinal de chamada “Alpha Oscar 1″ tem sua própria conta no Twitter ( @ WMP_Helicopter ) para atualizar os moradores sobre suas atividades.
Fonte: BirminghamMail.
Cmte Duton