sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A arte de comandar (6ª parte)


Dando prosseguimento aos ensinamentos do Prof Francesco Alberoni, autor do livro "A ARTE DE COMANDAR", sigo reproduzindo trechos de sua obra que podem provocar profundas reflexões em quem exerce ou está para exercer uma função de comando na vida profissional.

Esta lição trata da LEGITIMIDADE dos líderes, questão sempre levantada quando no deparamos com um novo chefe, comandante ou patrão:

"O sociólogo Max Weber sustenta que existem três tipos de poder legítimo. O tradicional, em que vemos o líder do tipo patriarcal, o cacique; o carismático, onde vemos o líder popular, político e demagogo; e o legal, em que o poder deriva do respeito aos procedimentos indicados pela lei - o mais importante no mundo moderno.

(…)

Porém, todos nós temos experiência de líderes perfeitamente legítimos do ponto de vista legal que não gozam da estima dos seus subalternos, aos quais obedecem, sim, mas de má vontade, e depois o criticam entre si. Em certos casos, na verdade, olham-no com desconfiança, desprezam-no. As pessoas ficam entediadas, ninguém põe em dúvida a sua legitimidade formal, sabem que foi eleito ou designado sob procedimentos legais, mas ficam convictas de que é inadequado, incapaz ou corrupto, até mesmo inapto ao posto que ocupa, e pensam que seria infinitamente melhor se aquele lugar fosse ocupado por alguém mais merecedor e mais capaz. E em alguns casos até saberiam quem por no comando, só que não tem o poder para fazê-lo. Como chamar essa legitimidade: popular, espontânea, informal ou substancial? Talvez esta última seja a expressão mais correta. O líder é legítimo no plano legal, mas ilegítimo no plano substancial".  


Cmte Duton 

Nenhum comentário:

Postar um comentário